Na vanguarda em uso de aditivos não antibióticos, a Safeeds realizou a Masterclass Salmonella o Combate apresentando atualizações e dados relevantes para produção de alimentos mais seguros.
Ricardo Castilho, presidente da Safeeds e Mestre em Nutrição Animal, Carla Calliari, médica veterinária e Especialista em Avicultura Industrial, e Márcio Lanzarin, biólogo com mais de 20 anos de experiência em controle de salmonella, foram os protagonistas deste evento on-line e ao vivo que aconteceu em julho de 2022.
O tema em destaque, Salmonella, é um grande problema de saúde pública, causado por um gênero de bactérias que contaminam o trato intestinal e podem provocar graves infecções, podendo levar até a morte. A principal via de transmissão ocorre com a ingestão de alimentos contaminados por fezes de animais. A maioria dos casos de Salmonella apresenta em primeiro lugar diarréia, vômito, dor abdominal, calafrios, mal estar geral, ou seja, vários distúrbios digestivos e pode causar ainda uma grave desidratação. Esses sintomas podem surgir de 12 a 36 horas após o consumo de alimentos contaminados e costumam permanecer de 2 a 7 dias.
Salmonelose é a causa mais frequente de intoxicação alimentar. No Brasil, dados do Ministério da Saúde, entre 2016 e 2019, relataram 626 casos por ano e a maior parte desses ocorreu dentro das próprias residências familiares, o que nos mostra que a Salmonella está presente em todos os lugares.
Um dado extremamente relevante, apontado pelos especialistas deste evento, refere-se a prevalência da Salmonella Minnesota na região oeste do Paraná e na produção avícola durante os anos de 2019, 2020 e 2021. O principal sorotipo identificado e combatido na região era a Salmonella Heidelberg, porém as pesquisas mostraram um aumento gradativo e necessidade de novas estratégias para controle do sorovar Minnesota.
Nos últimos anos o Brasil se destacou como especialista no controle da Salmonella Heildelberg, enquanto aos poucos o sorotipo Minnesota foi adaptando-se em outros ambientes e crescendo silenciosamente. Isso nos mostra que precisamos controlar a salmonella de uma forma geral, e não isoladamente, para que haja um equilíbrio no controle entre os diferentes sorovares, impedindo a adaptação e expansão de novos sorotipos dentre os mais de 2.000 tipos identificados.
Márcio Lanzarin também ressaltou que a adaptação da Salmonella Minnesota está relacionada a situações multifatoriais como condições de abatedouros, equipamentos, estruturas e plantas, caminhões de transporte e fábricas de rações. Além disso, nesse sorovar predominante também observou-se a criação de biofilmes, que conferem ainda mais resistência e favorecem a prevalência. O especialista também destacou que estudos recentes alertam para questões relacionadas à saúde pública, na qual a Salmonella Minnesota apresentou alta patogenicidade.
Em relação ao uso de antibióticos como ferramenta de controle para a chamada "limpeza de intestino", precisamos lembrar que as bactérias ruins são banidas ao mesmo tempo que as boas também, isso faz com que o animal fique desprotegido e em seu intestino voltem a se proliferar as bactérias que estão mais adaptadas. Nesse cenário a Salmonella se destaca como excelente colonizadora e ganha força rapidamente na ausência de outras bactérias, multiplicando-se facilmente. Assim, os antibióticos praticamente "limpam" o terreno e facilitam esse processo, portanto não são estratégias eficientes e eficazes para controle.
Uma das importantes ações da Safeeds está no monitoramento controlado através de visitas de especialistas aos clientes, diretamente em suas fábricas, instalações e plantas, as quais são registradas em sistema on-line, mapeadas e acompanhadas por um time qualificado que busca as melhores soluções, investindo em pesquisa e tecnologia para controle.
O Brasil é um país reconhecido como uma grande potência no mercado da proteína animal e cada vez mais tem encontrado barreiras econômicas e sanitárias para impedir que ocupe o espaço de outros países na liderança, já que é notável nossa capacidade e avanço.
Em relação à legislação, principalmente relacionada à exportação, Carla falou sobre a IN - 20/2016 e a importância de entender sobre os temidos "Ciclos" para combater os principais tipos de sorovares especificados na lei.
"O Ciclo de Monitoria é uma coleta realizada por órgãos oficiais, inspetores federais, que a cada duas ou três semanas coletam uma carcaça na saída do chiller após o gotejamento e envia ao laboratório oficial, repetindo esse procedimento por 8 vezes, sendo portando um ciclo composto por oito carcaças coletadas a cada 15 ou 21 dias, dependendo do abatedouro. Esse ciclo se repete 3 vezes ao ano", explica a veterinária.
Dentre as principais medidas que precisamos adotar além do cumprimento a lei, estão: a limpeza vertical com o descarte de animais, a retirada de antibióticos, mensuração a partir de plano de monitoria para todo o processo, coleta de amostras, medidas de biosseguridade, desinfecção de todo o sistema, controle de todos os pontos de corte (qualidade de aves, ração, controle entérico, tratamento das farinhas, barreiras sanitárias e diversos outros). O melhor caminho a seguir ainda é o uso de ferramentas associadas como uso de ácidos orgânicos, óleos essenciais, colonização de incubatório, suporte de especialistas na área, uso de probióticos, controle integrado de toda cadeia e pessoas comprometidas em todas as situações.
Atualmente a Safeeds possui uma linha com 18 produtos para os mais diversos pontos de corte através do conceito de Saúde Única que traduz a união indissociável entre a saúde animal, humana e ambiental, garantindo altos níveis de excelência, integrando medicina humana, medicina animal, experts no assunto, ciência e tecnologia.
A Masterclass está disponível em nosso canal do Youtube, Safeeds, e você pode acessar e acompanhar na íntegra.
Link de acesso ao evento gravado: Assista no youtube